A pesquisa TIC COVID-19, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br) nesta quinta-feira, 1º, mostra que mais da metade dos entrevistados reconhece que disponibilizar seus dados pessoais na Internet para governos e empresas traz mais riscos do que benefícios.
Os entrevistados também mostraram que têm medo do roubo de identidade e de serem vitimas de fraudes, a partir do uso inadequado de seus dados.
A pesquisa, realizada durante o período da pandemia ocasionada pelo coronavírus (Covid-19), aponta que as preocupações apontadas pelos usuários em relação ao uso de seus dados pessoais foram: prejuízo financeiro por fraudes bancárias (32%), roubo de identidade (23%), invasão de privacidade (21%) e venda de dados para terceiros (13%).
Quando avaliado por classe, o prejuízo por fraude bancária foi mais citado entre os indivíduos das classes AB, enquanto o roubo de identidade e a invasão de privacidade foram mais mencionados por usuários nas classes DE.
Uso de aplicativos
A pesquisa realizada pelo CGI.Br aponta também que a proporção dos usuários de Internet que não baixariam aplicativos com informações sobre Covid-19 foi maior nas classes DE (25%) e entre os idosos (26% dos com 60 anos ou mais).
A proporção dos que já baixaram ou certamente baixariam é maior entre as pessoas com 16 e 24 anos (48%) e na região Nordeste (53%).
Já a propensão a baixar aplicativos que notificam sobre o contato com pessoas infectadas pelo coronavírus foi maior: 60% dos usuários afirmaram que com certeza baixariam e outros 25% disseram que provavelmente o fariam.
Os motivos mais citados pelos usuários para não baixar aplicativos foram a falta de interesse (46%), seguida pela decisão de evitar a ansiedade (43%).
Os usuários também mencionaram se preocupar com vigilância por parte do governo após a pandemia (42%), além de motivos como não acreditar que o aplicativo impeça a identificação (39%) e não querer que o governo acesse seus dados de geolocalização (39%).
Uso do celular
A conectividade pelo celular continua sendo o maior meio de acesso à Internet dos entrevistados: 74% dos entrevistados usam tanto conexão Wi-Fi ou conexão 3G, 4G para acessar os serviços públicos ofertados pelo governo durante a pandemia. Separadamente, o Wi-Fi é utilizado como conexão exclusiva por 20% dos entrevistados, enquanto a 3G/4G por apenas 6%.
Fonte: Teletime.