Sem surpresas, a terceira edição da pesquisa Painel TIC Covid-19, promovida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgada na quinta-feira, 5, mostra que o celular é o aparelho mais utilizado pelas classes DE para ensino remoto e home office.
O levantamento, realizado entre 10 de setembro e 1º de outubro, representa um universo de aproximadamente 101 milhões de usuários de Internet, o que corresponde a 83% dos usuários de 16 anos ou mais. A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.
Conforme a pesquisa, 74% dos usuários de Internet dessas classes DE utilizam exclusivamente o celular.
Nas classes AB, esse percentual cai para 11%. Considerando apenas estudantes, 37% utilizam esse dispositivo para assistir às aulas e atividades educacionais.
Mas no segmento DE, essa fatia sobe para 54%, contra 43% na classe C e 22% na AB.
O uso de computador é maior nas classes AB, com 66%, enquanto na C é de 30%, a na DE, 11%.
A pesquisa considera notebook, computador de mesa (desktop) e tablet como “computadores” em geral.
Vale destacar que, como principais barreiras para o ensino remoto, a “falta ou a baixa qualidade da conexão à Internet” foi a segunda maior queixa para estudantes e ensino a distância, com 36%, atrás apenas da item “dificuldade de esclarecer dúvidas com os professores (38%).
Considerando apenas as classes DE, a conexão foi um problema para 41%.
O Painel TIC Covid-19 diz que 40% – ou 23 milhões de pessoas – de usuários de Internet que trabalham passaram a adotar o esquema de teletrabalho.
Especialmente entre indivíduos com ensino superior (65%), pertencentes das classes AB (70%).
Esses segmentos também são os que mais usam computadores.
No caso das classes DE, 84% utilizaram o celular para atividades de trabalho, 70% para ensino fundamental e 56% com idades entre 16 e 24 anos.
“A falta de recursos digitais para acessar as aulas e atividades remotas é um dos principais aspectos que podem afetar a continuidade das rotinas educativas durante a pandemia.
As disparidades de acesso às TIC entre estudantes dos distintos perfis socioeconômicos também criam oportunidades desiguais para a aprendizagem”, destacou em comunicado o gerente do Cetic.br/NIC.br, Alexandre Barbosa.
Fonte: Teletime.